Poster por divulgação oficial A24

Chega ao fim a trilogia de terror de Ti West! 

MaXXXine encerra os filmes estrelados por Mia Goth, atriz que ficou muito popular, principalmente no Brasil, depois do primeiro lançamento, X – A Marca da Morte e, posteriormente, com Pearl. 

Mergulhados no terror, mas bebendo de diferentes fontes, toda a trilogia de Ti West é bastante concisa entreter: esse é um dos talentos que o diretor mostrou nestes últimos anos, inclusive em outras produções, como nos episódios da série de terror Them (Eles). 

Fato é que o mundo do terror aguardava MaXXXine, esperando o desfecho dessa história que chegou calada e encantou fãs em todo o mundo. 

Acompanhando a final girl de X – A Marca da Morte (2022), Maxine Minx (Mia Goth), agora famosa estrela de filmes pornográficos (lembrando que em X ela estava apenas começando nesse ramo). 

O sonho? Se tornar uma grande estrela de cinema para além de filmes desse gênero negligenciado, mal visto. 

Para isso, Maxine consegue seu primeiro papel em outro gênero: uma sequência de um filme sobre possessão demoníaca, ou seja, o terror. 

Vale dizer que o filme é ambientado na década de 80, o verdadeiro caos televisivo e auge dos Serial Killers norte-americanos, fonte essa explorada durante todo o filme. 

É aqui que West se perde por vários momentos: o turbilhão de referências aos terrores reais (criminosos reais como o conhecido The Night Stalker) e os fictícios (como produções cinematográficas como Halloween) são arremessados em um caldeirão com muitos outros nomes.

Claro, não confunda se perder com não conhecer. Fica claro que West tem total ciência das referências utilizadas para MaXXXine, o ponto é que grande parte delas não somam em nada, confundindo o espectador ou atiçando a curiosidade sem entregar nenhum conteúdo a mais. 

Por isso, MaXXXine acaba sendo um grande fã service para os amantes do terror em muitos pontos, que consequentemente desvia a atenção para o que deveria estar sendo contado e deixando o roteiro confuso, desleixado. 

Digam sobre as polêmicas que quiser: Mia Goth continua icônica ao dar vida à personagem. Sotaques, trejeitos, sotaques fakes e mais, a garota é um estrondo. 

Mesmo assim, em muitos momentos o roteiro atua contra ela: cenas como as criadas com os policiais ou até mesmo com o amigo Leon (Moses Sumney) deixam bastante a desejar para a personagem. 

Aqui, vale entender um ponto: 

Diferente do que muitos dizem por aí, na minha opinião, essa trilogia não é uma obra-prima do terror contemporâneo nem chega perto disso.

Porém, X, Pearl e MaXXXine são filmes sólidos e interessantes, sendo MaXXXIne o mais fraco entre os 3. 

Mesmo assim, além de se tornarem bastante popular e furando a bolha do terror (em vários casos), não vamos encarar como filmes que serão lembrados para sempre. 

O problema? Nenhum! A diversão proposta por X, a complexidade por Pearl e a megalomania de MaXXXine se completam de uma forma estranha, com altos e baixos mais altos que baixos. 

Então, por mais que o fim da trilogia não seja tão incrível como o esperado pelos fãs, sendo truncado e desconexo de si em muitos momentos (o “vilão” é PÉSSIMO, desculpem), MaXXXine ainda consegue ser divertido de assistir e faz jus a trilogia. 

Portanto, relaxem, a chance de nascer uma obra que será lembrada daqui a 40 anos já era pequena demais, então divirtam-se com cenas absurdas, maquiagens levemente duvidosas (em alguns casos) e um encerramento fraco, porém sincero para a personagem. 

No final, a trilogia conseguiu alcançar seu objetivo: nos mostrar uma estrela chamada do terror chamada Mia Goth

Deixe o seu comentário!

TOCAFITA
Somos um time cheio de energia que busca entregar sempre o melhor conteúdo pra você! Com uma equipe maravilhosa, aqui no Toca Fita nós nos divertimos com nosso trabalho, e por isso fazemos com amor. Qualidade, veracidade e empatia, sempre!