Poster oficial para divulgação por Universal Studios
Ah, como é bom ser um grande fã de musicais!
Já amante da trilha sonora do maravilhoso musical Wicked (embora eu nunca tenha visto pessoalmente, ainda é uma meta para o futuro), posso te dar a certeza que estamos muito bem servidos em termos cinematográficos.
WICKED, recém-lançamento dos cinemas mundiais, é um deleite até para quem não é fã de musicais!
A nova produção adapta tanto o livro de Gregory Maguire intitulado “Wicked: A História Não Contada Das Bruxas de Oz” quanto as peças de teatro que tornaram essa história mundialmente difundida.
Inclusive, grande parte da adaptação para o novo filme vem da peça, como as músicas e outras questões herdadas e comprovadas vindas do teatro.
Quem assume brilhantemente a direção é Jon M. Chu, que já trabalho ou divertido “Pobres de Ricos” ao lado de Michelle Yeoh, que também está em WICKED.
O longa adapta, então, a história paralela à contada em O Mágico de Oz, apresentando o passado e, indiretamente, o futuro da Bruxa Má do Oeste, Elphaba: aqui nossa protagonista.
Falando em protagonismo, precisamos falar dela: Cynthia Erivo. Além de uma mega atriz que já participou de produções como Harriet, também protagonista, Erivo é uma das melhores cantoras da atualidade (na minha humilde opinião).
Com uma voz de tirar o fôlego, Cynthia entrega à Elphaba sua voz, seu rosto e, principalmente, sua individualidade, cirando uma personagem tão conhecida (graças ao teatro) uma versão nova e fresca, única.
Sua contrapartida aqui é Ariana Grande que dispensa apresentações. Muito criticada quando escalada, este é o momento perfeito se você, assim como eu, gosta de ver pessoas “pagando língua”, porque ela é uma atriz sensacional.
Com o tom da comédia na medida certa, Glinda, a Boa, personagem que Ariana cuida com tanto carinho e dedicação, é um alívio cômico e ponto central para a história, tudo isso feito com maestria.
Glinda é conhecida como “A Boa”, mas isso, poso dizer, é bastante relativo em termos de história, e Ariana consegue oferecer o tom certo entre o cômico, o caricato e a redenção, transformando a personagem como a história exige.
Voltando a Elphaba, todo o teor que o roteiro oferece é, de fato, em volta de sua personalidade reativa por sofrer preconceito desde a infância, assim como seu talento nato bastante contestado.
É a dupla perfeita, se quer saber, e diferente do que muitos pensaram, o protagonista não é da já famosa Ariana Grande: a magia desde filme fica, 100% do tempo, nas mãos de Cynthia Erivo, e este é um acerto do diretor Chu!
Outro ponto a ser destacado é o design de produção: com uso mínimo de CGI, os efeitos práticos de WICKED são de tirar o fôlego e mostram o comprometimento de todos os envolvidos em criar um mundo onde nós, espectadores, podemos nos transportar de verdade.
É lindo, é real e é mágico, como deveria ser.
O elenco também é uma forma paralela de sucesso: além das duas super cantoras (que cantaram AO VIVO durante as gravações, o que faz cada cena musical ainda mais incrível), os nomes que WICKED carrega são gigantes. Entre eles, estão:
- Jonathan Bailey, recém co-star de Companheiros de Viagem;
- Michelle Yeoh, recém ganhadora do Oscar de Melhor Atriz por Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo;
- Ethan Slater, que dá vida e personalidade a Boq, um personagem super interessante;
- Jeff Goldblum, nosso eterno Dr. Ian Malcolm de Jurassic Park;
- Peter Dinklage, que aqui trabalha apenas com a voz (com maestria), famoso por interpretar Tyrion Lannister na premiada saga Game of Thrones;
- Keala Settle, atriz e cantora super talentosa que brilhou em O Rei do Show, filme de 2017 que conta com suporte de Cynthia no desenvolvimento musical.
Ao ver WICKED, você entenderá a importância de um elenco desse peso!
Claro, aos não amantes de musicais que, mesmo assim, querem ver WICKED: o filme é muito mais que uma adaptação da Broadway. Ele é maior que isso, causará maior impacto e é feito com tanto cuidado quanto uma peça. É o melhor dos dois mundos: cinema e teatro.
Sim, são muitas músicas, mas a experiência é tão mágica e imersiva que, mesmo para você, as músicas serão uma mera forma de apresentação de informações.
Por isso, independente do seu amor por musicais ou não, o fato das gravações serem feitas ao vivo dá uma realidade a mais para as cenas, com esforços físicos reais para cantar a mostra.
Por fim, fica o convite final: vá, se emocione e mergulhe nesse universo tão importante para história do cinema, agora abrindo uma nova era, um novo capítulo.