ABSOLUTAMENTE CINEMA.

A nova produção nacional aclamada nos festivais internacionais promete traçar um caminho de muito sucesso, seja de bilheterias ou de prêmios.

Cotado para o Oscar de filme Internacional (estamos na torcida), “Ainda Estou Aqui” de Walter Salles, que você deve conhecer de Terra Estrangeira ou Central do Brasil é um deleite.

Contando uma história forte sobre o período ditatorial do Brasil, o longa tem Fernanda Torres absolutamente divina no papel de Eunice Paiva, mulher que resistiu a ditadura e, principalmente, teve a vida transformada por ela depois do desaparecimento do marido, Rubens Paiva, ex deputado assassinado pelo exército por ser acusado de conspiração comunista.

A história é real e conta relatos fortes de violência, da pressão exercida pelo exército e milícias durante o período ditatorial e, principalmente, a claustrofobia de uma época instável, violenta, perigosa.

Imersivo ao limite, embora o filme não tenha ação, a pressão sob nossos ombos é esmagadora, pressão essa sustentada por Fernanda Torres durante suas horas de filme.

Destaco Fernanda Torres, porém todo o elenco é excelente: Selton Mello cria um Rubens Paiva fraternal, amigável e experiente. Valentina Herszage dá vida a Vera Paiva, filha mais velha, reativa, rebelde.

Para além das atuações, Salles faz um trabalho incrível de ambientação do Rio de 1970, cidade maravilhosa, de fato.

Carros, roupas e a cidade em si: tudo passa a energia de um Brasil antigo, nostálgico.

Ao fim, Ainda Estou Aqui é uma mensagem de resistência, assim como um lembrete de um período brasileiro de terror: que aconteceu ontem na história do nosso país.

A recomendação? Assistir essa obra é uma necessidade se você, assim como eu, gosta de conhecer a história brasileira em suas entrelinhas, sem sensacionalismo.

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