Vem em quando uma franquia reaparece para ser renovada e dá realmente certo: este é o caso de Alien Romulus!
Desde o primeiro lançamento lá no fim da década de 70, Ridley Scott revolucionou o cenário de horror e da ficção científica com “Alien: O Oitavo Passageiro“, trazendo a ideia de filmes de monstros para um nível absurdamente alto,.
Se tornando o ícone que conhecemos, foram poucos os desdobramentos do personagem que deram certo: e tentativas não faltaram.
Agora, para alegria de Ridley, o personagem está de volta aos cinemas com uma versão bem mais próxima do original, tão gore quanto o primeiro e recheado de pontos interessantes pra nos prender.
Não à toa, Fede Alvarez, diretor do novo Alien Romulus escolheu trabalhar com efeitos práticos: existe um “q” de antigo que esse tipo de produção oferece, e é incrível de ver em alien.
Mesmo assim, ele não se poupa de nada: o filme ainda conta com pontos clássicos como o parasita no rosto, a “incubação” e outros pontos que fizeram a franquia crescer e conquistar os fãs de horror.
Podemos tratar, então, este filme como uma homenagem ao filme de Ridley, sendo o mais próximo do primeiro e mais interessante também.
Aqui, Fede escolheu trabalhar como ponto central a proximidade de uma humana com um simbiótico, os efeitos dessa relação e falar, de forma muito clara, de como essa é uma relação não-humana, mesmo que o simbiótico estrelado por David Jonsson seja bastante convincente.
Rain (Cailee Spaeny) é sua “irmã”, quase como numa relação parental e entre humano e pet ao mesmo tempo, e o desdobramento disso nos leva durante o filme tanto quanto o próprio Alien.
Para alguns, isso pode ter ficado um pouco forçado, para outros, é o plano de fundo perfeito para evitar que a história seja rasa demais.
Enfim, Fede Alvarez faz outra coisa que faltava em muitos dos filmes dessa franquia: atualização. Mexer em um personagem tão clássico é perigoso, sabemos disso, mas depois de tantos anos, era esquisito que o personagem não se atualizasse de alguma forma.
Não falarei o que acontece, claro, mas saiba que existe um lado dessa história que pode ser, quem sabe, mais explorado em um futuro próximo.