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Mais um filme entregue pela Paris Filmes e, dessa vez, é um terror com pegada estilo invocação do mal, usando uma casa como cenário, sons (nesse caso não são palminhas, mas sim batidas) e claro, uma criança. 

Com a presença de Antony Starr e toda sua cara de doido já conhecido em The Boys, o filme tem uma modesta, porém conhecida, ideia: trazer o medo da perspectiva infantil, onde tudo pode ser mais aterrorizante e bizarro. 

Não me leve a mal, a ideia de pais como os do pequeno Peter (vivido por Woody Norman) são bizarras por si só, com batidas e vozes nas paredes ou não. Mesmo assim, a ideia aqui é pegar os clichês dos sons ao anoitecer para trazer o clima de tensão, e nisso o filme é bem-sucedido. 

Entendendo o quão horríveis os pais do pequeno Peter são (mesmo ainda não desenrolando a história e o grande plot), alguns tropos são mal construídos: 

  1. A personalidade de Peter, que basicamente tem uma única pessoa que se importa com ela;
  2. A violência em todos os ambientes nos quais ele frequenta;
  3. Diálogos expositivos bastante desinteressantes. 

Para além disso, os fãs de terror vão gostar de saber que, em momentos cruciais, o filme consegue trazer um frio na espinha, uma sensação ruim do que pode acontecer e claro, o clima tenso entre os presentes, principalmente nas cenas envolvendo a professora substituta de Peter, Miss Devine (Cleopatra Coleman). 

Além disso, um outro elemento que pode agradar bastante à turma dos medrosos-corajosos (onde eu me incluo) é a trilha sonora, que aposta bastante nos elementos do ambiente e do volume para impulsionar o Jumpscare cada vez mais. 

Agora, se você quer saber o problema pra mim, eu te conto: o terceiro ato. Depois que descobrimos “os ecos do além”, o filme tem uma queda gigantesca no enredo, salvo apenas pela cena do jantar. Mesmo assim, a aposta em alguns efeitos práticos e do elemento físico bizarro não entrega, criando cenas mais caricatas que medonhas. 

Inclusive, a ideia de perigo, mesmo quando presente, fica desinteressante, com personagens fazendo coisas burras para justificar qualquer tipo de possibilidade de terror. Os elementos práticos também incomodam, não apenas na aparência, mas também no uso exagerado para fins de “perigo iminente” a lá nosso clássico Tubarão (que no caso de Tubarão é 100% eficaz e genial). 

Por fim, TOC TOC TOC: ECOS DO ALÉM (péssima tradução e incoerente com o filme na minha opinião) é um terror que reúne todos os padrões genéricos, alguns muito bons, outros desinteressantes, um enredo básico e direto e uma história que não precisa de continuações. 

 

 

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