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Tudo pronto para mais um mergulho nos universos fantásticos de Wes Anderson? Asteroid City é o novo longa-metragem do diretor, um filme diferente, arriscado e bastante interessante. Bora?

Bom, antes vamos de um pequeno resumo: Asteroid City simula uma peça de teatro da década de 50, ambientada em um região desértica e envolta em misticismos envolvendo a queda de um asteroide (por isso o nome da cidade) e possíveis comunicações com extra-terrestres. 

Se você tem o mínimo de familiaridade com a estética do Wes Anderson, sabe que ele é louco por 3 coisas: fotografia, cenografia e simetria. Assim, logo de cara, temos planos muito bem estruturados, simétricos e com uma ambientação construída para prender sua atenção e te distrair ao mesmo tempo. 

Com a presença de um narrador a lá TV norte-americana dos anos 50, o filme mescla entre os 3 atos dessa peça de teatro, não sendo precisamente linear e nos mostrando os momentos mais relevantes para, de fato, conhecermos melhor os personagens. 

Assim, com a estética do teatro e suas nomenclaturas (cena X, cena Y), temos o decorrer da história com várias nuances, idas para “a vida real” que parecem tão ficcionais quanto a peça proposta. 

Para além disso, estão as atuações e as escolhas do diretor em termos de filmagem, edição e técnicas: que te mostro um pouco a seguir. 

O universo de Wes Anderson

Em O Grande Hotel Budapeste e Moonrise Kingdom, obras muito famosas do diretor, temos pontos estruturais que são, em suas devidas proporções, aplicadas também em Asteroid City. 

A simetria, marca registrada de Wes é uma delas: ele nem tenta esconder o quão intensa ela deve ser e, por se tratar de um set de filmagens para teatro, ele realmente cria uma ambientação falsa, cenográfica: e tudo fica ainda mais maravilhoso. A temática desértica dá vida a cores contrastantes em uma intensidade de encher os olhos, permitindo até que aconteçam menos distrações visuais quando falamos do ambiente externo por si. 

Mas, se a ideia é ir um pouco mais além, outras escolhas fazem Asteroid City se parecer ainda mais com as outras produções do diretor: a postura dos personagens, a quase quebra da quarta parede em diversos momentos e a câmera rígida, dura em cada movimento, criando planos sequências quase como um teatro de fato funciona, aproveitando o ambiente do palco como background para guiar o olhar da audiência. 

Inclusive, o plano sequência se mescla a diálogos – às vezes monólogos – longos, cheio de elementos visuais que estão lá para te desviar, quase um desafio se você de fato conseguirá prestar atenção em tudo que está sendo falado. É uma explosão de informações.

E claro, não podemos falar de uma produção de Wes Anderson sem falar do casting: o elenco é ABSURDO. Temos nomes como: 

  • Jason Schwartzman;
  • Scarlett Johansson;
  • Bryan Cranston (ele faz o Narrador e é ótimo);
  • Tom Hanks;
  • Sophia Lillis;
  • Jake Ryan;
  • Maya Hawke;
  • Tilda Swinton;
  • Jeff Goldblum (em uma das melhores cenas);
  • Adrien Brody;
  • Margot Robbie;
  • Tony Revolori (tão engraçado quanto em O Grande Hotel Budapeste);
  • e vários outros.

Deu pra sentir um pouco do peso desse elenco? Pois bem, eles conseguem atingir a atmosfera fictícia que Asteroid City tenta passar, entregando na atuação a distração que nós precisamos enquanto espectadores para esquecer, por alguns segundos, que eles estão fazendo um teatro em um cinema. 

Pra fechar, e nessa altura você provavelmente já entendeu que é um filme excelente, está a mensagem do filme. Para isso, deixo uma pergunta a ser discutida depois: Pra você, qual a real mensagem do filme? 

Asteroid City chega aos cinemas dia a partir do dia 10/08/2023. Depois de assistir, vamos conversar lá no Instagram do TOCAFITA, vou amar saber a resposta da pergunta! 

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