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Chegou a novidade pra quem gosta de mergulhar no universo e na história musical norte-americana: A Era de Ouro, filme por Timothy Scott Bogart. 

Construído como uma história narrada pelo próprio protagonista, aqui conhecemos a criação da Casablanca Records, gravadora que lançou – e lucrou – com grandes nomes da música norte-americana, como a banda KISS e a rainha do disco, Donna Summer. 

Jeremy Jordan dá vida a Neil Bogart, co fundador da gravadora que lutou para a empresa “vingar”, até conquistar o sucesso de Donna Summer e, de fato, alavancar a empresa com outros grandes nomes. 

Achou curioso o nome do diretor? Isso é porque ele é o filho mais velho de Neil Bogart! Talvez por isso, o filme tenha algumas escolhas, no mínimo, interessantes. Te conto logo abaixo. 

TUDO EM FAMÍLIA 

Acho muito curioso um filho querer contar a história do pai em uma produção, principalmente quando existem questões de uso de drogas, traições e escolhas pra lá de complexas. 

Mesmo assim, Timothy escolhe o modelo narrado, usando a imagem do próprio Neil (Jeremy Jordan) para fazer isso. Talvez, para mostrar um pouco da personalidade do pai, talvez para reduzir um pouco suas escolhas (pra não usar o argumento “passar um pano pro pai”.). 

Assim, pontos como a traição conjugal, brigas entre amigos/sócios ficam bastante leves, quase como algo “que aconteceu para o futuro acontecer”, me entendem? Acho curioso, porém, não acredito que seja a melhor forma de falar “sim, meu pai traiu minha mãe, mas a amante era uma pessoa incrível”, mesmo que a carreira de Joyce Biawtiz (representada por Lyndsy Fonseca), segunda esposa de Neil, seja de fato, admirável. 

Levando essas escolhas de lado, é claro o amor de Neil pela música, isso e sua vontade de fazer “seus artistas” crescerem, e seu dinheiro também, claro. Falecido aos 39 anos por câncer, Neil foi decisivo para sucessos que ouvimos hoje em dia, e isso é, sim, louvável. 

E A MÚSICA?

Bom, é muito difícil não aplaudir de pé um filme que me apresenta Donna Summer e o KISS, mas, infelizmente, a vontade de me levantar nem chegou perto de acontecer. As atuações não são memoráveis, algumas um pouco caricatas, seja pelo humor cômico ou não. 

Além disso, os atos musicais são interpretados demais: para um filme que trata a música das décadas de 60, 70 e 80, o filme é “firulado” demais e acaba perdendo a essência simplista, porém realista, das apresentações musicais, ficando quase teatral, como um filme musical vibes La La Land. 

Assim, em vez de sentir o impacto da voz de Donna Summer (Tayla Parks) e toda sua sensualidade ou a loucura do KISS, temos nas entregas mais simples, como Ledisi interpretando Gladys Night ou de Jason Derulo como Ron Isley, a essência mais realista. 

Uma nota: a maquiagem de Jason Derulo é PÉSSIMA. Ele é, claramente, o Jason Derulo, faltou esforço, galera. Independente disso, suas partes conseguem ser mais interessantes que a de outros, então merece ser mencionado. 

No fim, A Era de Ouro tem a mágica de alguns clássicos, mas enrola demais com questões menores, “passação de pano” e momentos desnecessários, prolongando o tempo de filme desnecessariamente e contando menos a parte mais interessante. 

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