Se você, assim como eu, carrega uma paixão por filmes de tubarão mesmo sabendo da qualidade duvidosa da maioria deles, talvez a vontade tenha crescido ao ouvir sobre o lançamento de Tubarão Mar e Sangue.
Infelizmente, a notícia é ruim: mesmo colocando padrões baixos em uma média do gênero, Tubarão Mar e Sangue consegue ser muito, muito inferior.
Talvez “a culpa” possa ser chamada de oportunismo: “todo filme de predadores assassinos são iguais, nada precisa ser bem trabalhado exceto pelos sustos e a tensão.”
Este é um comentário que eu, fã do gênero, escuto de maneira recorrente. Tubarões atacando aviões em Sharknado? Tem como ser pior que isso?
Bom, tem sim, e Tubarão Mar e Sangue conseguiu. Sharknado é um filme que não se leva a sério, ou seja, é entretenimento em sua essência. O Non sense é atrativo, divertido, cativante.
Agora, se a ideia é se levar a sério, Águas Rasas, Medo Profundo, Megatubarão e, migrando de animais ferozes, o sensacional Predadores Assassinos fazem escola.
Então, criar um filme de tubarão é realmente jogar jovens na água para serem devorados por feras? Não, e talvez James Nunn, diretor de Tubarão Mar e Sangue, tenha aprendido isso.
Sem efeitos visuais descentes, o que poderia ser justificado com “baixo orçamento” se o maior dos clássicos, Tubarão, não fosse um filme de baixo orçamento completamente sensacional. Aqui não tem desculpa que justifique e ineficácia da produção.
Somado a isso, o roteiro, as atuações e, meu deus, o comportamento de todos – até do tubarão – são horrendos. Na luta criada por aqui, nem o Jet Sky merecia um final feliz.
Pra não ficar por aqui divagando nos problemas do (des)entretenimento de Tubarão Mar e Sangue, o que é uma pena, minha recomendação final é: quer ir ao cinema pra ver algo para se divertir? Escolha qualquer um, menos esse.
Agora, se sua curiosidade foi aflorada depois dessa resenha, uma dica: não espere nada, absolutamente nada, e talvez você consiga se distrair durante os quase 90 minutos – intermináveis – deste filme.
Dirigido por James Nunn com Roteiro de Michael O’Shea.