Bem-vindos à Farofa da DC!
Adão Negro, novo filme do Universo DC Comics chegou estrelado por Dwayne Johnson, o The Rock, e é o clássico filme de super-herói que a gente quer ver no cinema.
Não, não espere nada grandioso, super desenvolvido e com trama inteligente: é o clássico dos clássicos quando o assunto é herói, com lutas, explosões, slow motion (o que eu particularmente não gosto muito) e frases de efeito.
Vem comigo que vou destrinchar alguns detalhes que achei sobre o filme, porquê vê-lo nos cinemas e os possíveis impactos gerados para o universo cinematográfico da DC.
THE ROCK – A ESTRELA
Todo mundo que já viu qualquer filme do The Rock sabe de uma coisa: o cara é um poço de carisma. Mais que isso, ele também é uma super estrela hollywoodiana, o que concede alguns poderes fora da tela também.
Um desses poderes está, e não se sabe exatamente quanto, na voz ativa do filme e possíveis impactos para os fãs, trazendo elementos e personagens a história que possivelmente não voltariam para o DC Universe.
Por isso, isoladamente, Adão Negro já vale a pena: ver o The Rock, que já nos acostumou a filmes de pancadaria, com super poderes é um deleite.
Efeitos visuais de milhões: quase o tempo todo
Com todos os problemas que estouraram na Disney recentemente, a temática Efeitos Visuais está em alta, e sim, todos estão reparando em cada detalhe de mega produções.
Mesmo assim, a Warner não é a Disney, e talvez se torna uma prova que oferecendo mais tempo aos profissionais da área, os efeitos ficam, sim, melhores.
Não me leve a mal, existem momentos ruins de Visual Effects em Adão Negro, principalmente no terceiro ato, mas de modo geral eles não incomodam tanto porque durante o filme, isso não foi um problema.
Personagens: uma possível fraqueza
A DC tem centenas de personagens, e muitos deles são tão interessantes quanto a grande cúpula construída pela DC: Superman, Batman, Mulher Maravilha e Flash.
Agora, como explorar da forma correta? Adão Negro é um filme canônico ao multiverso da DC. Em palavras mais simples, ele se conecta com as demais produções cinematográficas, sim.
Isso não seria um problema, claro, exceto pela forma pobre de contextualização de personagens. Viola Davis revive a icônica Amanda Waller, apresentada nos filmes do Esquadrão Suicida, e brilha como sempre.
Agora, apresentar uma equipe de super-heróis que, aparentemente, sempre existiu, aí é pedir demais. A Sociedade da Justiça, nome dado ao time apresentado em Adão Negro, é tirada sabe-se lá de onde.
Pior, um dos mais promissores personagens da DC aparece nela, personificado pelo talentosíssimo Pierce Brosnan, Dr. Destino – o mago supremo da DC.
Sem background, pouquíssima contextualização e um arco muito, muito fraco, jogar o Dr. Destino (personagem tão relevante para o universo de forma geral) para o lixo como feito neste filme é digno de pena.
Posso ir mais além nessa temática: Gavião Negro, Cyclone e Esmaga-Átomo são todos completamente dispensáveis, compensados apenas por carisma, não por relevância.
Um salve para os efeitos visuais e caracterização da Cyclone, a primeira cena dela é linda!
Por fim, viva a farofada!
Sinceramente, estamos saturados de filmes de heróis. Mas, eles vão continuar acontecendo, vamos continuar indo aos cinemas e comentários aqui e acolá sempre existirão.
Talvez por isso, Adão Negro tenha me entretido tanto: ele volta às origens dos filmes de herói, não necessariamente da DC Comics, mas pouco importa.
Sem um roteiro especial, sem uma história realmente cativante: estamos aqui pela pancadaria, efeitos, briga de heróis e claro, The Rock.
Se você não está familiarizado com o termo “farofada” eu te explico em um twitte: filme que não se leva a sério e cria um ambiente puramente de entretenimento. Isso é Adão Negro.
Nenhuma obra de arte, nada loucamente memorável nem que será comentado daqui 50 anos – vamos deixas esse tipo de coisa para os filmes cabeça do Oscar, pois, aqui, queremos só duas horinhas de diversão.
