Ressurgindo depois de um tempo para falar de conteúdos temáticos porque hoje é dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+! 

Sei que ando sumido, mas vamos retomar os trabalhos?

Ano passado postei um conteúdo com 5 filmes com a temática e além de deixar ele mais rechonchudo (confira depois dessa leitura com 10 filmes), também resolvi indicar séries! 

Muito mais que falar sobre sexualidade, orientação e gênero, precisamos entender que conteúdo LGBTQIA+ nem sempre ganha os holofotes que precisa, mas quando acontecem, ajudam muitas pessoas a se entenderem. 

Por isso, segue uma indicação do que consumir não apenas para prestigiar, mas também aprender e entender melhor sobre respeito, aceitação e tratamento. 

Vamos? 

Sex Education 

Com duas temporadas originais da Netflix, talvez não seja nenhum segredo que essa série esteja aqui. 

Tratando não apenas sobre a homossexualidade e os conflitos sociais que praticamente todos os conteúdos (que falam sobre) tratam, a ideia que quero destacar aqui está nos detalhes. 

Além do núcleo Eric e o relacionamento com sua família religiosa – que por si já cria um enredo completo e cheio de vertentes -, temos outros personagens da comunidade LGBTQIA+ na série que precisam ser valorizados. 

Adam e o relacionamento abusivo e preconceituoso de seus pais, o famoso “estar no armário” e como o comportamento pode ser diferente quando você não é feliz consigo.

A trama de Adam incomoda alguns, mas nem de longe precisa deixar de existir: Precisamos normalizar tais diálogos para quebrá-los

Além disso, o rápido porém muito importante diálogo sobre a Assexualidade inserido de maneira sutil merece total respeito. Cenas como essa ajudam não apenas a explicar que a comunidade LGBTQIA+ não se trata apenas de orientação sexual e gênero, como também ajuda pessoas a se identificarem, se entenderem. 

Vale ressaltar aqui, afinal, se educar nunca é demais: o termo correto é Assexual, e não “Assexuado”, okay? 

Rahim também merece ser mencionado, já que estamos tão acostumados a ver personagens gays com medo e/ou vergonha de se assumirem. 

O rapaz abertamente gay e seguro de sua orientação (inclusive fora do estereótipo de feminilidade ligado aos gays assumidos) ajuda a normalizar o respeito ao tratamento e demais questões por parte dos demais. 

Para entender o “efeito Rahim” melhor: a série consegue deixar estranho o quão seguro ele é, já que o vemos pela percepção do Eric, outro personagem gay. Entendem como isso é importante? 

Queer Eye 

Sim, eu vou falar de Queer Eye

Já roubando no segundo tópico, Queer Eye é na realidade um reality show, e não uma série, então por favor, finjam junto comigo. 

Necessária para TODAS as pessoas, cada episódio é uma aula de como tratar pessoas, de como agir, como respeitar os demais e muito, muito mais.

Ter 5 homens gays mudando sua vida e virando seu mundo de cabeça pra baixo é um surto, né? Sim, e será enquanto for necessário! Os 5 fabulosos são atualmente os melhores professores sobre comunidade LGBTQIA+ que habita os realitys do mundo. 

Mais que um makeover não é um slogan a toa: eles ajudam as pessoas a mudarem de vida além, muito além de dinheiro. Distinção? Nenhuma. Tem hétero, gay, brancos, negros, gordos, magros, pessoas com boas condições e pessoas humildes. 

Quem me conhece sabe o quanto levanto a bandeira de Queer Eye como conteúdo relevante para ser um ser humano melhor, e passo agora a bola para você que acompanha o Toca Fita também. 

Original Netflix, você pode maratonar todos os episódios e se maravilhar com histórias de todos os tipos, afinal, somos todos humanos e é isso que nos move. 

Entre os fabulosos? A única coisa entre todos é a orientação sexual: tirando isso, todos são pessoas tão distintas que o que os une é o amor ao próximo e a vontade de ver um mundo mais respeitoso. 

Can you Believe??????

Please Like Me

Já falei aqui sobre essa série mil vezes, mas vamos lá. 

Autobiográfica, a série conta a vida de Josh Tomas, e a recomendação não é apenas por ele ser gay. A série fala de aceitação, fala sobre relacionamentos atuais com o uso de aplicativos, sobre amizade e entra em relacionamento familiar. 

É ótima para momentos de descontração já que é fácil se conectar com a história de Josh, com a maneira simples de contar experiências e podemos entender melhor sobre nós mesmos, nossas atitudes e escolhas. 

13 Reasons Why 

Okay, a polêmica chegou no post. A série que carrega um assunto MUITO intenso não é recomendada para toda as pessoas, e vou explicar porque ela se encontra nessa lista. 

Com foco principal em assédio, violação sexual e suicídio, ela de fato é uma série que deve ser vista com cuidado. Irei ir direto para o tema discutido neste conteúdo, mas quem quiser bater um papo sobre ela, só me chamar, okay? 

A última temporada (que na minha humilde opinião não precisava acontecer) trouxe temas que poderiam ser discutidos anteriormente, mas que enfim surgiram, e foram BEM PRODUZIDOS

A questão aqui é o tratamento de pessoas LGBTQIA+ de maneira naturalizada, respeitosa e valorizada pela sociedade. Ver dois garotos do ensino médio sendo “rei e rainha” do baile de formatura estadunidense não é pouca coisa.

Mais que isso: o grande momento de contar para os pais também foram produzidos com uma normalidade difícil de ser vista, que fogem do clichê de frases de efeito. 

Vale ressaltar que cenas como essas parecem ser simples ou até irrisórias, mas que no fundo ajudam jovens e adultos a se entenderem e respeitarem a orientação e gênero dos outros a sua volta. 

É o tipo de conteúdo que, vindo da boca e ação de jovens (já que a história acontece majoritariamente com adolescentes), muda o jogo para tentar refletir tal comportamento para a vida real, nos adolescentes de hoje

Imaginemos: E se conteúdos como estes fossem produzidos a 30 anos, será que estaríamos discutindo a homofobia com a mesma intensidade que hoje? Talvez sim, talvez não, e talvez só saberemos daqui a 30 anos. 

O importante é: pessoas estão realmente tentando fazer essa mudança social. 

POSE 

Cereja do bolo is in the house

Possivelmente a mais necessária de toda a lista, Pose é o que a sociedade precisa assistir: 

  • Héteros precisam conhecer a história e realidade de uma comunidade atacada e desvalorizada socialmente; 
  • Gays precisam entender como a AIDS foi e é intensa, e como ela marcou negativamente a comunidade (ressaltando que ela afeta qualquer pessoa independente da orientação e gênero); 
  • TODOS precisam compreender como pessoas transsexuais se sentem e acabam sendo violentadas – física e emocionalmente – por toda a sociedade, tanto héteros quanto gays; 

Bom, os temas acima são alguns dos vários tratados na série. A história de pose é lindamente triste. Mostra um passado preconceituoso que ainda existe sob estruturas fortes, e que precisa ser combatido. 

Recomendo deixar uma caixinha de lenços do lado, só pra garantir



Enfim, espero que você goste dessa singela lista e que consiga desfrutar de entretenimento com sabedoria!

Vamos ser mais empáticos? O mundo está precisando disso no momento. 

Feliz dia do orgulho LGBTQIA+, mês do orgulho e o que mais for comemorado: feliz orgulho de ser quem você é.

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