Alerta de universo dos quadrinhos nos cinemas: Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fabulosa finalmente chegou! 

Depois do fiasco Esquadrão Suicida, ter um longa metragem de boa qualidade que não sofra com os fantasmas daquele universo é um grande desafio. 

Felizmente, Aves de Rapina é essa exceção! Então veja 3 motivos para assistir ao filme nos cinemas! 

Se eu sou louca, você também pode ser

Sério, dá pra ler esse título na voz da Harley, né? 

O filme de Cathy Yan (diretora que teve a grande bomba nas mãos de fazer este filme vingar) é muito coeso em duas coisas: 

  • Mostrar que sim, Arlequina (Margot Robbie) é maluca para todos a sua volta e aceita essa natureza, inclusive a defende; 
  • Se vamos falar de uma emancipação, sejamos diretos! Ela não desperdiça tempo de filme fingindo algo que não pretende, e por isso o título é TÃO explicativo. 

Assim, loucuras identificadas com sucesso, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fabulosa trata do final de relacionamento de Quinn com o Mister J, ou para os menos íntimos, o coringa. 

Ele mostra a mágoa e raiva da personagem pelo final do relacionamento (inclusive mostrando que ele era extremamente abusivo, mesmo não focando neste assunto), e como ela lutava para se desvencilhar de sua imagem. 

Este tema é muito forte durante o longa, principalmente porque ele mostra que, devido a sua grande moral e respeito entre o submundo de Gotham, Quinn era intocada. 

Isso significa que o privilégio de ser a namorada do Coringa era possuir imunidade incondicional, afinal, ninguém se mete com o palhaço das trevas, certo? 

Então, a emancipação de Harley não é apenas emocional, mas física e moralmente também, já que ao revelar o final do relacionamento (o que ela não faz de imediato, claro), ela perde seu privilégio e começa a ser perseguida, ameaçada e “julgada” por tudo que já fez.  

É pra zoar mas não é palhaçada! 

A personalidade de Quinn é a chave para a personagem vingar tanto, seja nos quadrinhos ou no filme (créditos aqui para Margot Robbie, que interpreta muito bem a loucura de Harley). 

Mas isso não significa que Aves de Rapina é uma grande comédia besteirol. Simples que chega a previsibilidade, o roteiro do filme não é seu forte, mas trás consigo detalhes muito relevantes. 

Ele, em meio a tantas caras e bocas, fala sobre temas muito relevantes, as vezes de forma sutil, mas que são o suficiente para abrir uma discussão sobre o assunto. 

Por exemplo, Quinn explica o que representa um Arlequino, vinculando a si mesma a figura e explicando de maneira simples e didática como ela – e as mulheres de maneira geral – são tratadas como Arlequinas. 

É uma pitada de feminismo em um filme que tem muito mais, mas quando inserido em pequenas proporções, não fica forçado. 

Vai ser Girl Power sim! 

No momento atual, onde os filmes de heroínas fortes e independentes finalmente começou a ganhar a devida visibilidade, Cathy não tenta, nem por um momento, deixar o filme menos girl power. 

Inclusive, praticamente todas as figuras masculinas presentes são tratadas como vilanescas, em diferentes proporções. Isso da mais força, mais relevância e mais espaço para as mulheres presentes no filme. 

Arrisco dizer inclusive, que de todos os filmes inspirados em HQ’s, este é o mais girl power, ultrapassando Mulher Maravilha e Capitã Marvel. 

O vilão é uma boa representação disso, principalmente por sua personalidade exagerada, irritada e autoritária. O Mascara Negra não é tão bem aproveitado, sendo um vilão não tão ameaçador, embora a intenção aqui conte muito. 

Quem entendeu, entendeu, né? A mensagem é quase essa. 

aves de rapina

As Aves de Rapina: Caçadora, Canário Negro e Renee Montoya são 3 personagens bem apresentadas – a caçadora merecia mais, mas sua participação no terceiro ato explica o porquê da falta de espaço. 

Com flashbacks que não necessariamente foram tão bons, mas que certamente foram funcionais a ponto de não incomodar tanto, o longa narrado pela própria Arlequina é quase intuitivo. 

Apresentadas, o resto era desenvolver a história e botar pra quebrar. Com poucos dramas e vários picos de comédia, a personalidade excêntrica de Harley é o que comanda, ou seja, muito glitter, cores vibrantes e claro, sorrisos insanos. 

Com várias cenas de ação bem montadas e coreografadas, o filme tem um ritmo acelerado, e tudo isso aliado as peculiaridades de Arlequina cria um ambiente mais divertido, quase inesperado. 

Assim, o filme tenta – e consegue em sua grande maioria – criar um bom engajamento com os espectadores. 

Desta forma, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fabulosa se torna um filme que brinca de si mesmo, de seu universo falho (esquadrão, por quê choras?) e de suas personagens. 

 

 

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