Se você é do tipo romântico incorrigível que acredita que nada acontece por acaso, O Sol Também é uma Estrela é o filme certo para você.
Mas, se você é do tipo que só se permite apaixonar com razões quase que cientificamente provadas, talvez esse seja um filme capaz de fazê-lo enxergar o destino com outros olhos.
Assim como tantos outros exemplos de romances destinados ao público juvenil, “O Sol Também é uma Estrela” é baseado no romance best-seller da escritora jamaicano-americana Nicola Yoon,
A autora também é conhecida por Tudo e Todas as Coisas, adaptado para os cinemas em 2017.
Mais do que um romance adolescente
Não só de jovens que se apaixonam perdidamente se faz uma boa história para se contar.
Mas também de outros contextos por trás da trama. No caso de O Sol Também é uma Estrela, o diferencial é o enredo que aborda questões sociais e éticas no atual momento político vivido nos Estados Unidos com o governo Trump.
Natasha Kingsley (Yara Shahidi) é uma jovem amante da ciência que vive em Nova York e sonha estudar astronomia, porém seu grande desejo está em jogo com a aproximação da deportação de sua família para a Jamaica.
Enquanto Daniel Bae (Charles Melton) vem de uma família coreana que se mudou para a cidade há muitos anos, o jovem romântico quer se tornar poeta mas se sente pressionado por seus pais a participar de uma entrevista para ingressar na faculdade de medicina.
Arranjos do destino
Ao longo das cenas, podemos ver que o enredo do filme tenta colocar o casal de protagonista como pessoas destinadas a se encontrarem.
Pelo menos é isso que acredita o jovem Daniel, que faz de tudo para conhecer Natasha, chega a ser quase um stalker, e em seguida convencê-la de que os dois foram feitos para se apaixonarem um pelo outro.
No entanto, essa ideia de que tudo estaria conspirando para que os dois fiquem juntos pode parecer algo exagerado aos olhos do público que está mais acostumados com relações mais realistas.
Certamente os mais sonhadores irão se identificar muito com as muitas coincidências que cercam o casal.
Pontos pela representatividade
Bom, o gosto do público pelo clichê de almas gêmeas é algo relativo.
Mas o que não podemos negar é que, O Sol Também é uma Estrela possui claramente visível a representatividade étnica em seu elenco.
Com Yara Shahidi – da série de comédia Black-ish e do spin-off Grown-ish – e Charles Melton – da série adolescente Riverdale.
Desde o elenco principal, formado por atores de origens afrodescendentes e asiáticos, é raro enxergar algum personagem com o clássico padrão branco-americano, comum nas grandes produções de Hollywood.
Além disso, o filme propõe importantes debates relacionados ao combate aos esteriótipos étnicos.
O Sol Também é uma Estrela já está em cartaz nos cinemas brasileiros.
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Assista ao trailer: