Como Treinar o Seu Dragão 3 finalmente chegou aos cinemas, e com isso, faço uma pergunta: vocês estão preparados para ver mais uma vez – e possivelmente a última – a incrível dupla Banguela e Soluço?
Animação que encantou o público – e a crítica também, conquistando 98% e 91% no Rotteen Tomatoes com o primeiro e segundo filme, respectivamente – entrega o último filme da franquia, que carrega muita ação, emoção, comédia e, para os chorões de plantão, bom, digamos que você precisa ir com o psicológico preparado.
Então, segura nas patas do Banguela e bora pra crítica!
Com quase uma hora e cinquenta de duração, o longa parece durar 30 minutos. Ele tem o roteiro linear, mas são tantas coisas acontecendo e tantas cenas com uma fotografia simplesmente deslumbrante que os minutos parecem voar (aceitem o trocadilho).
É um deleite para os olhos: principalmente com a linda Fúria da Luz. Não vou falar muito dela pra não estragar a experiência de vocês, mas os takes longos e panorâmicos são de iluminar os olhos.
Algumas coisas devem ser levadas em consideração:
O Vilão
A tentativa de criar uma atmosfera mais tensa e sombria não foi lá a melhor. Mesmo utilizando a ambientação, iluminação, e até mesmo os alguns dragões, o medo ainda não foi o ponto alto do antagonista.
Excêntrico, extremista e arrogante, a superioridade do personagem ainda sim não atinge o nível de terror, como por exemplo de vilania, o antagonista do segundo filme. Comparações sendo feitas ou não, isso ainda assim não torna Como Treinar o Seu Dragão 3 um filme abaixo da média da franquia.
A Relação amorosa de Soluço e Astrid:
Desde o primeiro filme, romance está no ar, certo? Errado. Diferente dos outros dois filmes, a relação amorosa do casal protagonista é muito irrelevante para este filme.
Felizmente, também não é esquecida. Em vários momentos a relação deles é mencionada, as vezes até em momentos inoportunos, mas ela aparece aqui e ali para mostrar que eles são sim um casal, mas um casal com prioridades.
Quais são essas prioridades? Salvar dragões e a si mesmos. Por isso, não espere um filme baseado em “vou salvar minha namorada”, ele é muito maior que isso.
Banguela e a Fúria da Luz
Falei que não entraria em muitos detalhes sobre ela, e por isso vou me limitar a dizer apenas duas coisas.
Primeiro, neste filme vemos um Banguela muito mais “animal”. Não no sentido de violência, claro, mas focado em questões como seus instintos e a natureza da sua raça.
Segundo mas não menos importante, é muito necessário ver a relação de Soluço e Banguela voando (olha o trocadilho outra vez) lado a lado com o que nosso querido dragão tem com a Fúria da Luz. Acredite em mim, entender isso é provavelmente a parte mais complicada do filme.
Muito bem montado, produzido, roteirizado e com uma animação muito bonita, é ótimo ver que a franquia de Como Treinar o Seu Dragão conseguiu quebrar as barreiras e produzir três filmes com uma qualidade incrível.
Dito isso, espero que a experiência de vocês com Como Treinar o Seu Dragão 3 seja tão incrível quanto a minha, e que diferente de mim, vocês estejam preparados e carregando alguns lenços na mochila.
