CRÍTICA – MENTES SOMBRIAS (SEM SPOILERS)

Novidade superpoderosa chegando nos cinemas!

Mentes Sombrias, longa dirigido por Jennifer Yu Nelson (Kung Fu Panda 2 e 3) trás aos cinemas uma nova aposta para o lançamento de uma franquia. Baseado no livro de Alexandra Bracken que carrega o mesmo nome, o novo longa tenta entregar uma história de sobrevivência e luta. 
Com apelo emocional mas ainda trabalhando no extraordinário, o filme conta a história de Ruby Daly (Amanda Stenberg), uma jovem cuja vida se transforma ainda quando criança. Interpretada por  Lidya Jewett em sua infância, a personagem se vê refém de uma crise apocalíptica: quando a maioria das crianças e adolescentes começam a morrer misteriosamente, as sobreviventes desenvolvem poderes sobrenaturais, o que para o governo, é algo extremamente perigoso. Devido a isso, uma nova ordem é estipulada e todas estas crianças são enviadas para campos de concentração, onde tem seus poderes testados e devidamente controlados. 
Diferente de franquias como X-Men, Vingadores e afins, em Mentes Sombrias os poderes não são exclusivos de cada pessoa: vemos já no inicio do longa o nivelamento de tais poderes e seus perigos. Seguindo uma base piramidal – como a piramide de Maslow – cada grupo de “super dotados” são separados e classificados por cores, onde são identificados como os mais inofensivos até os de perigo extremo que, para o governo, devem ser imediatamente exterminados. 
Nesta classificação de risco extremo está, claro, nossa protagonista. O problema no roteiro é: falta originalidade. Desde a realidade da protagonista, da necessidade de fuga de tais campos até o estilo de segregação imposta pelo governo, é muito comum que correlacionemos o apresentado em Mentes Sombrias com obras já estabelecidas nos cinemas como Jogos Vorazes, a saga Divergentes e afins. Por isso, o roteiro linear do longa deixa a desejar. Falta também impacto: por se tratar de seres sobre humanos, a mesmice não pode ser algo presente durante o filme, o que infelizmente, acontece. Poderes de extrema versatilidade utilizados apenas para as mesmas coisas e o completo desapego com aqueles que deveriam ser mais bem explorados deixa o filme muito voltado para a protagonista, apagando a presença dos demais e tornando o ritmo da história diretamente proporcional ao ritmo de Ruby, o qual é bastante lento. 

Por estes motivos, o filme pode ser arrastado. Acompanhar a jornada de Ruby de perrengues até conseguir controlar melhor suas habilidades se torna um processo calmo demais. Harris Dickinson, ator que interpreta Liam, jovem que ajuda Ruby durante todo o filme, merecia mais tempo de tela e mais foco. Ele conhece mais sua natureza e suas habilidades, e ver o o jovem sendo mais presente seria bastante interessante. Vale ressaltar que o romance entre Liam e Ruby não é lá muito bem construído, o que afeta diretamente o terceiro ato do filme. 
Problema não exclusivo de Liam, mas personagens como os de Gwendoline Christie e Mandy Moore poderiam ser muito melhor explorados dentro da trama, uma pena.
Mentes Sombrias estréia hoje (16 de agosto) em todos os cinemas nacionais.

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