CRÍTICA – A MALDIÇÃO DA CASA WINCHESTER

E lá vem mais terror pros cinemas!

Com direção dos irmãos Michael e Peter Spierig, diretores do infeliz Jigsaw (2017), A Maldição da Casa Winchester tenta trazer o terror jump scare de uma forma equilibrada.
Com pouco mais de uma hora e meia, o longa conta a história de um psiquiatra contratado por sócios de uma grande empresa de armas para fazer (ou manipular se posso ser mais direto) um diagnóstico da sanidade da herdeira e atual dona de 51% das ações da empresa. 
Com esta premissa demasiada simples, Jason Clark, que dá vida a Dr. Eric Price tenta entregar um personagem vulnerável e cético, viciado e atormentado pelo próprio passado. Guiado por interesse próprio, seu personagem é basicamente construído como qualquer outro protagonista de filmes clichês de terror, onde o ceticismo em algum momento se esbarra com a insanidade e existe então a necessidade de aceitar que algo não está certo. 
A personagem mais interessante e misteriosa do filme fica nas mãos de Hellen Mirren, que entrega ao público uma mulher forte e ao mesmo tempo vulnerável, inteligente e muito determinada a realizar seus objetivos. Ela dá vida a Sarah Winchester, herdeira da empresa e alvo de Dr. Price. Sarah afirma sentir a presença dos espíritos de todas as pessoas mortas pelo produto da empresa de sua família: os rifles Winchester e por isso é taxada como louca.
A trama se passa na bizarra casa construída por Sarah, provavelmente o artifício mais interessante para causar tensão em toda a história (até porque, a casa é real). Por isso, o filme te engaja muito bem nos dois primeiros atos, mesmo utilizando de excessivos jump scares que acabam estragando a tensão que a própria casa pode causar. 
O terceiro ato é definitivamente exagerado. Assusta em alguns momentos de forma bem arquitetada, mas de uma forma geral força a barra do aceitável para o que deveria aterrorizar, tornando tudo grandioso demais e falho demais. 
Por isso, diferente de seu ultimo e fracassado longa, os irmãos Spierig desenvolvem um longa respeitável mas definitivamente não memorável.
Vale ressaltar que o filme é baseado em relatos e eventos reais de uma das mansões mais misteriosas do mundo, hoje aberta a visitações com uma história realmente bizarra! 

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