Dirigido por Christopher Landon, produtor e autor de outros filmes do gênero como Atividade Paranormal, A Morte te Dá Parabéns promete envolver todos em um suspense interessante e com muita risadas.
Quebrando um pouco o gênero terror, assim como o grandioso It: A Coisa fez, o longa é engraçado. Repleto de piadas e situações engraçadas, a história se desenvolve de forma gradual e em um ritmo muito fluído e leve, onde a apresentação de personagens é bem divida e bem explicada.
Com uma premissa simples, a história se baseia em Tree Gelbman (Jessica Rothe), uma universitária que por algum motivo revive o dia de sua morte – que também é seu aniversário – até conseguir descobrir a identidade de seu assassino e suas motivações. O primeiro dia (que poderia ser chamado de “o original“) relata diretamente as ocorrências que serão trabalhadas durante todo o longa e poupa tempo não só de tela quanto de narrativa, que segue a mesma cronologia sempre.
Dada a largada, a trama se desenvolve de uma forma muito descontraída, e embora coisas horríveis aconteçam, a lógica da narrativa é muito clara e guia os espectadores em toda sua construção, entendo as escolhas da personagem principal e à acompanhando em todo o processo de busca pelo seu assassino.
Sem grandes atuações ou uma fotografia excepcional, o filme dispensa as questões muito técnicas e foca na função e importância que cada personagem tem para contribuir para a narrativa. O filme é um suspense. Entendendo isso e dispensando a esperança de grandes clichês do gênero terror/horror como jump scares e afins, o filme será facilmente absorvido e se tornará dez vezes mais interessante. O nível de imersão é alto quando você se interessar realmente pela história, portante quanto mais cedo você entender que não é um filme no estilo Atividade Paranormal, melhor. A pegada do filme é muito mais ligada a perseguições e brigas desesperadas pela sobrevivência no estilo de longas consagrados como Pânico e Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, os famosos slasher movies.
O enredo traz alguns problemas principalmente em sua resolução, que por mais que seja claramente explicada não é tão interessante. Mas é interessante ver como o próprio filme brinca com as motivações do assassino, fazendo os personagens reagirem exatamente como os espectadores fariam, o que nos faz refletir se estes motivos não foram propositalmente escolhidos para causar este tipo de reação. Por isso, o enredo abre possibilidades de interpretação onde uns vão amá-lo e outros podem se decepcionar e considerá-lo muito fraco.
NOTA DO CRÍTICO: 4,5 / 5
