CRÍTICA – KINGSMAN O CÍRCULO DOURADO

Segundo longa da franquia Kingsman, o diretor Matthew Vaughn traz de volta aos cinemas a agência de espiões mais descolada!

Utilizando a mesma fórmula de sucesso do primeiro filme (Kingsman Serviço Secreto, 2014), o novo longa busca explorar melhor o futuro da agência. Após Poppy (Julianne Moore), a maior traficante de drogas do mundo resolver lançar um vírus assassino dentro de seus produtos, a instituição Kingsman têm de trabalhar em conjunto com outra agência de espionagem, Statesman, que se encontra nos Estados Unidos. Tentando combater a proliferação do vírus, os agentes se veem contra a parede e correndo contra o tempo para salvar todas as vítimas da droga.
A ação é bem trabalhada durante o filme, salvando principalmente em seu terceiro ato. Em contra partida, algumas cenas são muito rápidas e com muitos cortes, o que atrapalha a visualização nítida dos acontecimentos e as vezes deixando as coisas um pouco bagunçadas. Diferente de filmes como Mulher Maravilha (2017), o longa usa sabiamente o slow motion, criando uma breve pausa na ação rápida das cenas permitindo mais ênfase nas habilidades dos personagens.
Alguns dramas incomodam um pouco, assim como o humor as vezes forçado demais. Desnecessariamente, o longa cria várias cenas que não desenvolvem a história ou quando fazem, são menos atrativas e causam cansaço. Personagens como os de Halle Berry, Channing Tatum e Pedro Pascal não são muito bem desenvolvidos e suas histórias deixam a desejar, mesmo que possam ganhar um pouco mais de foco dentro da narrativa final. Já Taron Egerton que interpreta o protagonista Eggsy, consegue mesclar muito suas atuações, algumas muito boas outras nem tão louváveis. Isso pode ser relevado se observarmos que a história é cheia de reviravoltas e acontecimentos muito repentinos, o que provavelmente dificulta para o ator/personagem se emocionar o suficiente da forma que todas as cenas exigem.
A vilã de Julianne ganha vida de forma muito interessante, principalmente quando vinculada a presença do maravilhoso Elton John, que por mais que tenha tempo demais em tela, consegue desenvolver cenas de descontração muito peculiares. Vale ressaltar aqui a incrível escolha de nome dos “cães” de Poppy, Bennie e Jets! Quer referência melhor que essa? 
Assim como o primeiro filme da franquia a história se desenvolve de maneira interessante e gradual, mesmo que neste segundo ela se perca um pouco. Com cenas muito bem dirigidas e com aqueles belos equipamentos no estilo da animação Três Espiãs Demais, vale a pena a experiência  cinematográfica deste universo diversificado.

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