CRÍTICA – AMITYVILLE: O DESPERTAR

O novo longa sobre a casa amaldiçoada mais famosa do cinema busca recontar a história antiga de uma forma mais moderna, direta e conceitual.

Dirigido por Franck Khalfoun, a trama é bastante clichê dos filmes de terror que conhecemos: uma família se muda para a casa onde coisas horríveis acontecem. Bom, este é o esperado já que a casa é popularmente conhecida por ser amaldiçoada, por isso a narrativa não fica presa à o que pode acontecer, mas sim como tudo irá acontecer.
Jennifer Jason Leigh interpreta Joan, a mãe de três filhos: Belle (Bella Thorne), Juliet (Mckenna Grace) e James (Cameron Monaghan). Belle é a protagonista, a garota rebelde que se queixa pela mudança para a nova residência, pois precisa sair de sua cidade. Juliet é a criança inocente, enquanto o melhor personagem do filme é James, um garoto que após um acidente entrou em estado vegetativo. 
O longa brinca muito com a própria franquia e com a história da casa, passando até mesmo cenas de um dos filmes anteriores, Horror em Amityville. Toda essa “comédia” é bem construída e ajuda o filme a se manter durante as cenas mais tranquilas, deixando os diálogos mais elaborados e menos maçantes.
Agora a pergunta que não quer calar, assusta? E a resposta é sim! Com um terror mais tradicional, o filme se constrói sob muita tensão e de maneira muito direta, conseguindo causar imersão e muitas vezes te pegar de surpresa. O problema? Todo o terror se perde no terceiro ato já que a história da casa em si precisa ser explorada. Por isso, o longa se constrói numa base melhor que todos os outros da franquia, mas no final cai na história original sem muita diferença, tornando o final simples demais.
A fotografia é interessante para entender o ritmo do filme, principalmente pela boa visibilidade e pela quantidade de luz bem equilibrada em todas as cenas. O uso muito bem feito e muito peculiar dos reflexos, cai de forma muito interessante para a construção das cenas onde a apreensão começa a se instalar, usando de grandes variações de objetos refletores causando maior clima mistério.
Vale ressaltar que Cameron Monaghan atua muito bem, principalmente pela condição peculiar de seu personagem. O garoto que conquistou o coração de muitos interpretando o possível Coringa na série Gotham consegue entregar o clima creep que o filme precisa, principalmente durante as cenas mais lentas e emocionais.

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