CRÍTICA: “IT – A COISA”

O clássico palhaço Pennywise está de volta as telas após exatamente 27 anos de sua primeira exibição na década de 90. Provavelmente a melhor adaptação de uma das grandes obras literárias de Stephen King depois de O Iluminado, o longa It – a Coisa retorna com tudo, e o fato de a adaptação ter exatamente esse intervalo de tempo para que essa entidade maligna retorne aos cinemas é no mínimo curioso.

A nova adaptação que sofreu com olhares duvidosos tanto da críticas como dos fãs mostrou-se firme e olha, bem firme! O filme dirigido por Andrés Muschietti estreia hoje 7 de setembro, e meus amigos, podem agendar um horário e ir correndo para o cinema para conferir essa obra digna de ser classificada como o melhor filme de horror do ano.

A cada  27 anos, a entidade que tem a forma de um palhaço e se intitula como “Pennywise, o Palhaço Dançarino” retorna a cidade de Derry em Maine, onde a partir daí inicia-se uma série de desaparecimentos de crianças. Com isso sete crianças, que formam um grupo chamado ”O clube dos perdedores”, vão a caça do real motivo do desaparecimento das crianças na cidade e enfrentam Pennywise.

O longa brilha tanto em seu horror, principalmente por que as cenas são claras e tensas. É possível prever o que pode acontecer ou como vai acontecer, mas esse é o ponto chave, já que mesmo com toda essa expectativa, a obra ainda consegue passar todo o horror e medo que os personagens estão passando, ou toda a dificuldade que o grupo tem para enfrentar o palhaço. Outro ponto positivo para o filme é que ele contêm cenas de terror e de comédia intercaladas, te dando tempo de respirar e sem forçar tempo demais em um terror que as vezes não assusta tanto, podendo então desenvolver melhor a história sem enrolações. Diferente de todos os outros longas do gênero lançados neste ano, o nível cômico de It é surreal, e mais, genial! A comédia não tira o terror quando ele existe, ao mesmo tempo que te deixa mais intimo dos sete personagens, onde a infantilidade deles é bem explorada. Trabalha também a relação das crianças com seus pais, desenvolvendo traumas e inseguranças mais uma vez aprofundando na origem dos personagens.

O filme tem a pegada do sucesso de 1990 (It: uma obra prima do medo) assim como de um dos sucessos da Netflix, Stranger Things. Por se passar no final dos anos oitenta, a ambientação, os figurinos e a fotografia são muito parecidos com a série. E mais que isso, os takes utilizados pelo diretor também lembram muito, como planos mais longos e panorâmicos com os sete andando em suas bicicletas, por exemplo.

O filme por ser de terror têm um diferencial, já que ele não trabalha sempre com cenas super escuras clássicas do gênero para passar medo e tensão, que muitas vezes atrapalham a visualização das cenas por completo. It tem cenas muito claras e limpas. Mesmo quando estão enfrentando Pennywise, a cena continua bem iluminada e sem adereços que podem desviar sua atenção, te dando uma boa visão de tudo que ocorre sem precisar forçar os olhos.

Vale lembrar que esta adaptação é apenas o 1° capitulo da obra literária de Stephen King, e que teremos sim uma continuação, que inclusive ao que tudo indica começou a ser gravada no dia 17 de março de 2017, mostrando ai o quanto o estúdio estava confiante com o sucesso do primeiro capitulo.

Nota: 5/5

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