CRÍTICA – VALERIAN E A CIDADE DOS MIL PLANETAS

Dirigido por Luc Besson, conhecido por trabalhos como O Quinto Elemento(1997) e Lucy(2014), Valerian e a Cidade dos Mil Planetas traz um futuro onde raças de diferentes planetas precisam se unir para evitar a extinção vivendo juntos em uma cidade que atende a todos.

Valerian (Dane DeHaan) é considerado o melhor agente do governo, onde trabalha em conjunto com Laurine (Cara Delevingne). A relação dos dois é profissional, Valerian é conhecido por ser um “garanhão”, criando até uma lista de mulheres com quem já se relacionou. Mesmo assim, ele diz amar Laurine e tenta de todas as formas agrada-lá para que eles fiquem juntos, o que não é tão aceito por ela.  O relacionamento dos dois é a base para o longa se desenvolver, e embora seja tratado como prioridade não funciona muito bem. Vários problemas se desenvolvem durante a trama e cada vez mais o “romance”dos dois parece ser mais forçado, não convence, quase empurrado goela abaixo. Vale ressaltar que as atuações não ajudam, principalmente a de Cara Delevingne.

O filme envolve muita ação e mostra muitos ambientes diferenciados, alguns apresentados a todos como uma realidade virtual que ficou muito interessante. Inclusive, esta parte em especifico é uma das melhores de todo o longa.

A trama geral é sobre a quase extinção de uma raça chamada de Pearls, que foi um mistério para todos . Logo no início a raça é apresentada e mesmo sem muitas explicações sobre ela a cena é agradável, tanto como história que te instiga a querer saber os motivos da destruição deles quanto com o belíssimo trabalho de fotografia apresentado no planeta por eles habitado, Mul. O visual é incrível, parecendo uma mistura de Avatar de James Cameron com a ilha de Themyscera do filme da Mulher Maravilha de Patty Jenkins.



Depois da apresentação da trama geral e dos personagens começam os problemas: escolhas preguiçosas de roteiro e personagens muito rasos. Além disso, o filme força muito em piadas sem graça, fora de hora e completamente desnecessárias. Outro grande problema é o uso de certas tecnologias e a total imprudência dos personagens, arriscando não apenas as próprias vidas (que como agentes é até plausível), como a dos outros cidadãos, principalmente se pensarmos que tudo é basicamente autorizado pelo governo.

As cenas com Ethan Hawke (Jolly the Pimp) e Rihanna (Bubble) são totalmente aceitáveis para o teor cômico do longa, mas todas as escolhas feitas com os eles para que permaneçam como meros coadjuvantes e não interfiram no desenvolvimento do terceiro ato (principalmente no caso de Rihanna) são EXTREMAMENTE preguiçosas.

Outro problema, que no caso pode até tirar sua paciência durante as mais de duas horas do longa é a quantidade de vezes que o nome de Valerian é repetido, principalmente por Laurine. Assim como também aconteceu no filme A Múmia lançado neste ano, a necessidade de reafirmar o protagonismo é surreal, e assim como o personagem de Tom Cruise, a cada cinco frases Dane tem seu nome chamado em claro e bom som (Valerian, Valerian, Valerian, Valerian, Valerian blá blá blá , sério, podem usar as palavras “ele” e “dele” de vez em quando).

O terceiro ato aprofunda mais na história e volta a criar o interesse e a imersão do universo que se perde no segundo, e conseguimos nos conectar mais com os personagens, mesmo que tarde demais. o que infelizmente não impede que a conclusão da trama seja clichê e o desenvolvimento do “casal”, desanimador.

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