CÍTICA – ALIEN: COVENANT

E o gigante do terror Sci-fi está de volta!

Depois de um filme um tanto quanto controverso do universo lançado em 2012, Prometheus, Alien: Covenant vem para trazer de volta o estilo de terror antes visto lá na década de 70.

O primeiro filme da franquia lançado em 1979 obviamente a inspiração para o novo longa, onde as referências estão por toda a parte: começando pela abertura minimalista onde as letras vão se complementando ao som da trilha sonora feita por Jed Kurzel, até o relacionamento  interpessoal entre humanos e sintéticos (ou como é chamado no primeiro Alien, androide). Outros detalhes como utensílios da nave, as câmaras de congelamento (agora 2.0), o penteado de alguns personagens e é claro, nosso amigo de todas as horas só que não, o Xenomorfo e seus ovos, que também são apresentados no novo longa.

Com o intuito de repopulamento, a nave que carrega o nome do longa – Covenant – é comandada por um sintético chamado David (Michael Fassbender), que mantém seus tripulantes em sono induzido durante o longo processo de viagem até um planeta que possa ser habitado por humanos. Com 2000 colonos e 1100 embriões a bordo, a tripulação é responsável por chegar ao seu destino com segurança, o que é dificultado após uma explosão solar que comprometeu partes da nave, necessitando reparos.

Após a perda imediata do capitão causada pela explosão, a tripulação desperta de seu sono induzido e os conflitos já começam a acontecer, principalmente entre o capitão recém assumido Oran (Billy Crudup) e a mulher do falecido, Daniels (Katherine Waterson). 

Uma coisa interessante do filme é que o diretor Ridley Scott não se preocupou em mascarar o processo de infeção, apresentando de forma muito detalhada o momento em que dois dos tripulantes são infectados, permitindo que nós, espectadores, possamos acompanhar a agonia dos dois ao mesmo tempo que vemos o claro desespero de seus amigos pelos novos sintomas desconhecidos e perturbadores deles. Após isto o filme não para: seguido de cenas horripilantes de extrema agonia até cenas de ação que mostram o desesperado desejo de viver dos tripulantes restantes, o longa mantém um ritmo acelerado, de muita tensão e angustia.


Cronologicamente 10 anos após os eventos de seu antecessor Prometheus, o novo longa traz algo de muito inovador para a franquia: mostra a origem do Xenomorfo e explica seu processo de desenvolvimento. O conflito entre sintéticos é excepcionalmente interessante de assistir e também suas diferenças. Aparentemente iguais, os sintéticos interpretados por Fassbender se mostram claramente diferentes no seu modo de pensar, mesmo que tecnicamente desenvolvidos das mesma forma, o que traz à trama uma total conflito de interesses e de motivações.

Por isso, podemos ver que antes da criação e desenvolvimento do grande vilão alienígena que todos já conhecemos existe algo a mais: uma espécie de ser nunca antes visto que precede o grande Xenomorfo, basicamente como seu protótipo, sua “fase de testes”.

Considerado por seu criador como “um ser perfeito”, o Xenomorfo do novo longa é absurdamente ameaçador, maior e tão agressivo quanto o do primeiro longa. É valido dizer que as novas tecnologias ajudaram neste processo, onde efeitos visuais deixam não só o monstro como todo o ambiente mais angustiante e melancólico, mais escuro e definitivamente mais amedrontador.

Portanto é válido concluir que embora o longa tenha alguns problemas, ele traz muito bem a essência da quadrilogia Alien iniciada pelo próprio Ridley Scott na década de 70 e consegue chamar atenção para a nova trama sem se prender exaustivamente a primeira obra.

Nota: 3/5  (BOM)

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