CRÍTICA – POWER RANGERS

Go Go Power Rangers !

Dirigido por Dean Israelite, o longa com os heróis coloridos mais famosos da Alameda dos Anjos do mundo divide opiniões.

Com uma historia de ritmo lento e sem grandes momentos marcantes, o filme segue com uma introdução detalhada sobre a vida de Jason (Dacre Montgomery), Kimberly (Naomi Scott), Zack (Ludi Lin), Trini (Becky G) e Billy (RJ Cyler), mostrando as frustrações de adolescentes com problemas familiares e interpessoais. O desenvolver dessa improvável amizade surge num lugar totalmente inóspito, onde as “moedas Ranger” são encontradas de uma forma grotesca.

Como todo bom adolescente deve ser, o medo do desconhecido não existe. Com cenas sobrenaturais de cinco em cinco minutos, a calmaria deles é invejável. Seja de uma escalada com vibes Crepúsculo até um salto entre penhascos (com uma bela referencia ao salto de fé, de Matrix), os poderes sobrenaturais não aparentam surpreender muito os cinco.

O alivio cômico fica nas mãos de Billy, o ranger azul, que faz um belo trabalho arrancando várias risadas durante todo o longa, o que foi ótimo, pois sustenta várias cenas que sem a comédia seriam muito sem sal. Alpha (Bill Hader) também traz boas risadas, e claro, dá aquele toque gigantescamente nostálgico com seu comportamento icônico e o famoso Ai ai ai !

A profundidade dos personagens é trabalhada de uma forma igualitária, onde todos tem suas histórias bem explicadas que acabam refletindo no motivo de seus comportamentos. A questão da homossexualidade da Ranger amarela foi muito bem montada, deixando sua orientação sexual totalmente clara mas sem forçar a barra com cenas invasivas, uma forma de atualizar a historia pros contextos atuais que além de incrementar para o desenvolvimento da personagem, não interfere na ideia e no contexto geral da trama. Well Done Dean! 

As cenas de lutas travadas pelos Rangers são excelentes, bem coreografadas sem parecer artificiais, o que deixa tudo mais emocionante. Uma pena que estas cenas não são muitas, pois a demora para os Rangers finalmente morfarem é tão grande que após o acontecimento, o filme é agilizado e os Zords rapidamente entram em cena. Os figurinos ficaram ótimos, e os efeitos especiais que são utilizados também, principalmente durante a tão esperada cena dos uniformes se materializando nos Rangers, foi lindo!

Rita Repulsa (Elizabeth Banks) ficou muito boa! A historia da origem da personagem é apresentada e por mais que ela não seja igual a da série original, sua apresentação e desenvolvimento foram excelentes. A atuação de Elizabeth foi ótima, deixando a vilã bem característica com caras e bocas e com o comportamento completamente desafiador e até assustador.

Se tem Megazord? Óbvio!!  Mas embora ele tenha ficado bem feito, sua “transformação” (montagem?) não ficou, o que consegue te desanimar um pouco durante a cena que deveria te fazer ficar de pé para se aproximar da tela. E olhem, tem uma cena mega desnecessária com nosso Megazord, vocês saberão quando virem!

Durante todo o longa existem vários easter-eggs, fan services e referências, não somente da franquia Power Rangers mas a outras obras também, então mantenham os olhos bem abertos!!

O filme conta com uma belíssima cena de plano sequência bem no inicio muito, muito boa! Mas quanto a avaliação geral, o filme não é ruim, mas também não atinge o potencial esperado.

Nota:      3/5

                      CASO NÃO QUEIRA SABER, NÃO LEIA AS FRASES A SEGUIR

A musica toca SIM! Go Go Power Rangers ! Mas infelizmente é muito rápida numa cena que não chega a dar tempo de você realmente se emocionar.

Existe uma cena “pós-créditos” que na verdade é um pouco depois do inicio dos créditos, então chamarei de “pós” mesmo não sendo no final por não conhecer a nomenclatura correta : Um claro gancho para uma provável sequência da saga, a menção do Ranger verde, Tommy!

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