O gorila mais amado está de volta nas telonas!
Depois do último filme do personagem não ser lá grande coisa, o reboot dirigido por Jordan Vogt-Roberts traz uma nova perspectiva de como o protetor/vilão Kong é visto. Com uma trama que pode dividir opiniões, Kong: A Ilha da Caveira é um filme que constrói partidos, levando cada pessoa a uma motivação de pensamento a nível pessoal.
O longa traz um enredo diferente do clássico antes apresentado no cinema: sim, se você aguarda ver um gorila gigante caindo do Empire State Building, desista. A história trabalha dentro de um universo totalmente desligado da premissa clichê conhecida, onde a relação da mulher vitimada, que seria a personagem de Brie Larson, e Kong seria a trama principal, mas traz um Kong maior e mais forte que nunca, com seus interesses e deveres como protetor da ilha muito concretos, com cenas de ação muito bem trabalhadas principalmente no quesito proporção.
A ilha da caveira é desde o início da trama o foco principal do filme, onde suas peculiaridades e os seres únicos e surpreendentes e altamente perigosos que lá vivem se tornam de certa forma, grandes literalmente protagonistas dentro do desenvolver da trama.
Tom Hiddleston e Samuel L. Jackson trazem uma atuação concreta, onde o desenvolvimento de seus personagens é direto e linear, diferente de John C. Reilly, que vem como alivio cômico e teor dramático ao mesmo tempo, mesclando emoções em momentos que criam aquele pensamento de “eu riria disso se não fosse a realidade dele”. Sem muitas firulas e romances improváveis, cada personagem vive a tentativa de sobrevivência na ilha de uma maneira sincera e quase sonhadora, trazendo para as cenas diferentes reações emocionais e psicológicas, dividindo muito bem a personalidade e motivação de cada personagem.
As cenas de slow motion são excepcionalmente boas, em momentos muito bem arranjados e de preparação muito cautelosa para o foco não se perder junto com a velocidade da cena, deixando a experiência animadora e excitante. Em contra partida, a troca de câmera excessiva de personagem para personagem causa um certo desconforto, quebrando o foco nos diálogos e perdendo bons momentos da ambientação da ilha que ficaria de segundo plano.
Obs: O filme TEM CENA PÓS CRÉDITO, então não perca a mensagem final que desenvolverá o universo do personagem nos próximos trabalhos cinematográficos. No caso das salas IMAX, a mensagem inicial (que explica a tecnologia IMAX) presente em todas as apresentações nestas salas tem temática personalizada para o filme, algo que não muda em nada a trama ou no desenvolver do longa mas vale a pena ser comentado, pois não é o tipo de trabalho de apresentação comum e foi bastante interessante de ver.
NOTA – 4/5