LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES – CRÍTICA

Pare tudo o que você está fazendo e vá ao cinema. Vá agora, sozinho ou não, mas não perca a experiência de La la Land: Cantando Estações nas grandes telonas.

O grande ganhador de nada mais nada menos que sete globos de ouro no começo de janeiro (08/01/2017) mostra como consegue ser um filme brilhante já no começo do longa. Ele começa com aquela cara bem Broadway, num clima alegre e descontraído num gigantesco contraste com o cotidiano que geralmente gera irritação: o trânsito. Sim, estou falando de uma cena tão boa que é neste momento que você consegue enxergar a grandeza do filme que você começou a assistir, e olha, estou falando dos primeiros 5 minutos de filme!

Uma história original, que se desenvolve em um roteiro muito bem escrito e muito, muito bem dirigido. Vamos aqui dar aquela salva de palmas pro diretor, Damien Chazelle (Whiplash – Em busca da perfeição), o cara merece! O longa conta com uma historia de certa forma simples, um caso raro ou não de amor a primeira vista. Mas não, não estou falando de uma princesa vendo um príncipe, mas sim de uma garota desgostosa com o desenvolvimento de sua vida profissional que mesmo assim consegue levar uma vida feliz, encontrando um musico também desgostoso com o desenvolver de sua carreira.

                                                                    Damien Chazelle

Mia (Emma Stone) é uma garota que largou a faculdade de direito para se tornar atriz, e busca conseguir bons papeis e visibilidade na carreira que ama. Sebastian (Ryan Gosling que homem!) é um pianista de jazz e luta para conseguir montar seu próprio bar e manter as raízes de seu estilo musical vivo dentro de uma sociedade atual, que vive de eletrônico e pop music. Perdidamente apaixonado pelo que faz, Sebastian encanta Mia logo de cara, e de uma forma muito engraçada e bem fluída, o romance dos dois personagens começa a se formar.

Logo, o desenvolvimento do romance dos personagens se mostra a trama central, e junto disso, cenas belissimamente gravadas aparecem a todo momento, tanto para descontrair quanto para fazer com que os espectadores se apaixonem mais e mais pelo casal, o que acreditem em mim, acontece!

A cronologia é muito bem explicada, separada pelas estações do ano com aviso visual a cada mudança. Vê-se também estas mudanças nos figurinos que acompanham as estações, detalhes muito interessantes que fazem o filme fluir de uma maneira muito realista.

Emma e Ryan dão um show de atuação, tanto nos momentos mais calmos de casalzinho apaixonado quanto nos momentos mais agitados, como as danças e apresentações musicais. Shipamos o casal? Obviamente que sim, até porque, a química entre os dois é inegável. Outra coisa que julgo necessário dizer é que o filme gira em torno de Mia e Sebastian, e permanecem apenas nos dois. Terceiros não tem tanta importância na trama, por isso podemos ver o quanto Emma e Ryan estão ótimos: os dois conseguem te prender e te manter envolvidos dentro da historia sem nem sentir a necessidade de mais personagens para engrandecer o que está sendo contado.

Outra coisa a mencionar que entra na grandiosidade da obra de Chazelle são os jogos de troca de câmera e gravações de planos sequência, que são simplesmente perfeitos! Principalmente durante os momentos musicais do longa, o plano sequência ganha grande força e você parece viajar pela cena num sentimento quase de primeira pessoa, como em uma montanha russa de musicas, danças e emoções que vem logo a frente, e fica impossível desviar os olhos.

Sobre a trilha sonora? IMPECÁVEL ! Claro, já se espera de um musical que a a trilha sonora que rege o filme seja um grande diferencial que trabalhe melhor o desenvolver da historia, o que no caso deste longa faz mais que isso: as músicas, selecionadas e encaixadas nos momentos certos, criam um ambiente menos surreal que costuma-se ver nos filmes musicais. Claro, como disse anteriormente, tem alguns momentos Broadway here I am, mas não são muitos e não deixam o filme superficial, mas se encaixam perfeitamente como uma metáfora visual da emoção que se tenta passar em cada cena em específico.

Direção impecável, atuações impecáveis, roteiro impecável. O filme é mais que digno de seus globos de ouro e não me assustarei se levar o Oscar de melhor filme. Uma verdadeira obra de arte contemporânea, La La Land: Catando Estações é uma obra prima! Se mais filmes como este aparecerem no mercado cinematográfico, talvez o mundo vire um gigantesco musical, onde a felicidade transborda no rosto e no coração de todos nós.

Nota 5/5

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