CRÍTICA: PASSAGEIROS

Ação, aventura, romance, e personagens cativantes tudo em uma única viagem interplanetária você só vai encontrar em Passageiros!
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Já pensou numa viagem interplanetária com pacote completo incluindo adrenalina, amor, e momentos marcantes? Então você veio ao filme certo. Passageiros é uma ficção cientifica que conta o romance de James Preston (Chris Patt) e Aurora Lane (Jennifer Lawrence) com direção de Morten Tyldum (O Jogo da Imitação), o que faz esperar muito dele, e com certeza ele atende as suas expectativas de uma forma muito interessante. 
O enredo trata de uma nave especial chamada Avalon que está em uma viagem para um novo planeta conhecido como Homeland II. A nave foi feita para viajar um percurso de 120 anos com mais de 5.000 passageiros sem contar a tripulação. De acordo com um diálogo mais posterior dentro do filme Aurora diz “Viagens para morar em outros planetas são o que está tendo no momento”, o que mostra que no ano em que se passa o filme, viagens como aquela já tinha sido feitas milhares de vezes e eram bastante requisitadas, e davam um dinheiro muito, sendo muito satisfatório. 
Durante sua viagem a nave passa por um anel de meteoros e, mesmo com seus escudos a prova de meteoros e diversas outras coisas, um grande acaba causando falha no sistema e acorda o passageiro 1498 chamada James “Jim” Preston (Chris Patt), ele nota que foi o único a acordar e entra em pânico quando descobre que estava a 90 anos de seu destino. Jim tenta de tudo para conseguir fazer sua capsula de hibernação voltar a funcionar e ele então voltar a dormir, mas nenhum das opções é valida. Com isso a obra envolve diversas cenas que sempre ressaltam a grandeza do universo e da nave, sendo dando a sensação minimalista do ser humano, e do próprio personagem, uma sensação que pode trazer uma moral mais filosófica e psicológica para o mesmo. O começo do filme passa-se inteiramente focado em Jim e enfatizando sempre sua solidão e seu progresso ao surto até que Aurora Lane (Jennifer Lawrence) acorda depois de um longo tempo e de uma forma inusitada – na qual não posso contar a vocês, pois seria um spoiler gigantesco. 
Assim que Aurora acorda o enredo muda sua vertente para o romance que começa a florescer entre os dois. A personagem leva um tempo para desistir de achar uma solução e aceitar seu findamento com o mecânico Jim naquela nave. Ela, por ser uma escritora decide por transcrever seus dias na nave conforme o tempo passa, e cede a vontade de conhecer melhor o homem que estava acordado com ela. Os dois assim começam a desenvolver sua relação de forma mais profunda. Os cenários que antes mostravam mais grandeza e solidão – mesmo com toda a beleza de sua produção bem feita – passam a trabalhar mais os momentos marcantes e cenas bonitas e românticas para climatizar bem o foco do momento. Entretanto cenas relatando o pane iminente da nave aparecem de momentos em momentos, cada vez piores. 
Os personagens são muito bem apresentados, perdendo apenas no quesito que se trata do passado de Jim, o que deixa um toque de curiosidade e vazio para quem vê o passado de Aurora sendo mostrado claramente. Talvez fosse uma aposta para trabalhar ainda mais em cima da solidão que Jim Preston sente e é incrivelmente retratada no filme, mas é um furo que atrapalha de certa forma. 
Por fim o filme chega a seu ápice sem perder o estilo e nem pecar no enredo principal, fazendo uma boa ligação entre todo o processo que é desenvolvido. E conta com um final interessante e um pouco inesperado o que pode ser de agrado ou não. É interessante a forma como trabalharam com o filme, uma vez que ficções deste tipo com crises em naves espaciais são em geral mais ação e caos que todo o resto. Além disso os personagens são cativantes, e o elenco também coopera nisso. Os efeitos especiais também foram muito bem trabalhados. Tudo isso faz com que o tempo de filme, que chega a quase 2h30 passe como apenas segundos, o que o deixa leve e muito gostoso de assistir. 
Passageiros estreia dia 05/01 
Nota: 4,5/5

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