CRÍTICA: ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM

Crítica feita pelo nosso colaborador Igor Torres.
 
Estamos de volta ao mágico mundo de J.K Rowling
E lá se vem um novo motivo para estar vivo! Animais Fantásticos e Onde Habitam, o novo blockbuster da Warner Studios, que traz de volta as telonas após cinco anos o universo Harry Potter da escritora/roteirista J.K. Rowling. Ele vem com uma premissa bastante diferente do grande sucesso que deu início a carreira da autora nos cinemas em 2001. Com uma trilha sonora nostálgica e característica da saga, o diretor David Yates (Harry Potter e as relíquias da morte partes 1 e 2) aposta em um novo ângulo de apresentação do que já existia deste universo, que antes era focado na Grã-Bretanha e seus arredores e pouco explorado. 
Uma nova cultura bruxa entra em jogo, quando o protagonista Newt Scamander (Eddie Redmayne), um Magizoologista que busca conhecer e entender as criaturas mágicas que habitam todo o planeta viaja para Nova Iorque, cidade norte-americana que tem diferentes políticas quanto à exposição bruxa no mundo dos trouxas (ou No-Majs como dizem os americanos) já que sofrem grande preconceito e temem pela segurança do povo bruxo com uma provável guerra caso sejam descobertos. Com um trabalho excepcional de ambientação e figurino da época já que a história se passa 70 anos antes do arco Harry Potter, o filme de Yates tem claramente o dedo da autora/roteirista J.K, onde em vários momentos podemos ver cenas que nos remetem aos filmes mais antigos da franquia com toques extremamente sutis, apenas para acrescentar nostalgia e deixar os ânimos ainda mais exaltados. 
O ar cômico do filme fica nas mãos de Jacob (Dan Fogler), um “no-maj” que acaba acidentalmente se envolvendo em toda a trama e criando uma amizade com Newt, e juntos quebram o ritmo as vezes sombrio do filme com algo inesperado que consegue arrancar boas risadas. 
 

Muito diferente dos filmes antigos que se passa por sua grande maioria com adolescentes, a aparatação (técnica de teletransporte) é muito presente no filme, o que é de certa forma um grande alívio, já que há de se imaginar que os adultos não têm tanta paciência e tempo como o Sr. Weasley para usar um carro voador por ai. Isso torna o filme mais dinâmico, apresenta mais ambientes e, mesmo quando o ambiente se repete, diferentes perspectivas são exploradas e torna o filme menos visualmente linear.

A ação não fica presa aos animais fugitivos, mas também explora dos conhecimentos de Newt para apresentar perigos ainda maiores que envolvem outros personagens como Percival Graves (Colin Farrell) e o garoto esquisitão Credence (Ezra Miller), que cria todo um arco sobre a relação dos dois e como o preconceito e a rejeição causada a Credence pode ser perigosa e catastrófica.

Não se iludam! Animais Fantásticos e Onde Habitam não se prende apenas a brigas pela cidade e peripécias dos animais que acidentalmente fogem da maleta especial de Newt: a introdução do filme já apresenta, de uma forma muito bem explicita o que realmente se passa nestes tempos de crise, quando um bruxo das trevas, Gellert Grindewald (Jhonny Depp) aterroriza o mundo com destruição e assassinatos, dando inicio assim, ao reinado do grande predecessor do lord das trevas, Voldemort. 
Embora este filme seja sobre a apresentação de Newt e seus animais mágicos, os conceitos e os ideais que o filme carrega para as futuras criações do universo são extremamente pesadas e perturbadoras, já que podemos esperar muitas fatalidades pelas mãos de Grindewald até sua ascensão ao poder em posse da Varinha das Varinhas e posteriormente, até seu famoso duelo com seu – nosso – velho amigo Alvo Dumbledore.
Nota: 4/5

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