CRITÍCA: DOUTOR ESTRANHO

Bem vindos ao universo místico da Marvel
Guerra armamentista, nazistas, espaço, mitologia nórdica e inteligência artificial, o que faltava para a Marvel nos mostrar? Seu lado místico e mágico, e isso ficou a cargo de Doutor Estranho nos introduzir nessa viagem louca criada por Stan Lee e Steve Ditko, que representa ao máximo o que foi a década de 70. E depois de um universo de sucesso estar estabelecido, chegou a hora de ir para a grande tela.

Dirigido por Scott Derrickson, famoso por alguns filmes de terror, e com um elenco espetacular, Bendict Cumberbatch faz o personagem título, que é um neurocirurgião renomado, mas que tem sua arrogância como principal característica. E que após sofrer um acidente de carro, perde a sensibilidade das mãos e utilizar todo seu dinheiro em tentativas para recuperar, ele decide buscar ajuda com uma espécie de culto no Kamar-Taj, liderado pela Anciã (Tilda Swinton).
O filme usa a mesma estrutura do Homem de Ferro de mostrar a origem do personagem, rico, bem-sucedido e extremamente egocêntrico que busca redenção no lugar mais improvável. O fleme acerta em cheio nisso, mas mais pela atuação de Cumberbatch, do que por situações criadas. O elenco é uma das melhores coisas, com um roteiro bem simples e as vezes medroso, os atores se sobressaem de forma incrível, principalmente Tilda como a Anciã e Chiwetel Ejiofor como um Barão Mordo, que fica circulando na linha de mestre e potencial vilão.
Visualmente é impecável, cores, efeitos psicodélicos, projeção astral e a forma de mostrar a alteração da realidade faz “ A Origem” ser brincadeira de bairro. Consegue transmitir para a tela todo o ambiente dos anos 70 criado por Lee e Ditko, e usa o 3D ao máximo. E a caracterização dos personagens também faz jus aos dois, não errando em nada, e dando uma atualizada nas roupas, principalmente do Doutor Estranho.
Como todo filme da Marvel, tem que ter sua cota de comédia, e aqui soa fora de hora, muitas vezes sem graça nenhuma, essa obrigação de colocar piadas já está se tornando um fardo ruim de se carregar no MCU. Outro erro recorrente é o fraco vilão, que apesar de ser um bom Mads Mikkelsen e com uma certa motivação, é apenas uma escada para uma ameaça maior, e que lembra muito um certo Galactus de um dos filmes da Fox (!!!).
O roteiro podia se aprofundar mais na questão religiosa e mística, mas passa muito por cima, perde uma grande oportunidade de dar a devida profundidade que o universo tem e que conseguiu passar mostrando as viagens, mas falta texto. Sofre do mesmo mal de um certo filme da concorrência, mas não tão grosseiro quanto, de praticamente não existir segundo ato. Mostra a origem do personagem principal de forma brilhante, e parte do seu treinamento e já pula para o confronto final, sem criar um contexto.
Dr Estranho é um filme muito bom da senhora Marvel, desprendido de todo o universo dos cinemas, com apenas referências aos Vingadores e uma das joias do infinito. Mas que acaba com aquela sensação de que algo faltou, que precisava mostrar mais algum coisa, se mostrando um pequeno desperdício . Foi uma boa, mas contida introdução ao Mago Supremo, que com certeza será um dos pilares das próximas fases do MCU.
Tem duas cenas pós créditos, sendo a primeira espetacular

Nota: 3,5/5

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