E o queridinho do terror chegou ao cinemas!

Vinculado a incrível e bem sucedida franquia de Invocação do Mal, A Freira é o filme de terror no estilo jump scare que vai deixar muita gente de cabelo em pé. Recheado de joguinhos de câmera e um ambiente extremamente intenso, o longa transmite o desespero e o terror. De seu começo ao fim, a intensidade dos acontecimentos é estranhamente alta, saindo um pouco do comum do gênero, que costuma trazes mais ação apenas ao final.

Das mão de Corin Hardy, A Freira trás a incrível Taissa Farmiga, irmã mais nova de Vera Farmiga, atriz que atua nos principais longas desta mesma franquia. Mostrando que o talento de atuar dentro do gênero é de berço, Taissa interpreta a Irmã Irene, uma noviça que ainda não realizou seus votos para se tornar uma freira, mas que é pessoalmente convocada para acompanhar o padre Burke (Demián Bichir) a uma misteriosa e perigosa missão de investigar um caso de suicídio em uma abadia antiga no interior da Romênia. Com a ajuda de Frenchie (Jonas Blonquet), Burke e Irene chegam ao local e desde o primeiro instante coisas bizarras já começam a acontecer.

Vale ressaltar duas coisas: a coragem de Burke e Irene, que mesmo em meio a situações extremamente traumáticas logo de cara conseguem se manter resistentes a tamanha absurdidade dos acontecimentos. E segundo, mas não menos importante: a comédia de Frenchie! O personagem de Jonas é completamente engraçado, mesmo sob a extrema intensidade dos eventos, um brilhante acerto de roteiro que deixa o filme mais leve (só que não).

Ainda sobre acertos do roteiro, a maneira que Hardy encontrou de ligar os filmes é surreal! De forma muito inteligente e sem pontas soltas, A Freira se conecta lindamente a Invocação do Mal, que consequentemente se conecta a Invocação do Mal 2. Palmas Corin, palmas! Já no quesito ambientação o filme tem outro ganho: mostrando todos os locais sempre de maneira sinistra e tenebrosa – mesmo a luz do dia – o engajamento e a tensão te colocam dentro do filme de forma imersiva e estranhamente calma.

A excentricidade e a megalomania podem atrapalhar um pouco o clima de terror, não por não assustar, mas sim por quebrar parte do clima desenvolvido para assustar psicologicamente, se tornando algo mais físico talvez rápido demais, desesperado demais. Isso deixa o filme talvez mais comercial e quebra um pouco do foco da história com jump scares não tão bem pensados, que seriam totalmente dispensáveis. Sobre o grande demônio já conhecido no segundo filme da franquia que antagoniza este novo longa, a tentativa de assustar visualmente com seus sinistro rosto não funciona tão bem, talvez por ser um rosto já conhecido por todos os espectadores (que não deixa de ser assustador, mas se torna repetitivo demais), e acaba sendo mais do mesmo em vários momentos, principalmente no terceiro ato.

Ainda que problemas como os que acabei de relatar existam e o novo longa não tenha conseguido bater o primeiro filme da franquia, a experiência imersiva de A Freira é incontestável. Por isso, preparem suas orações, sua cruz e quem sabe uma água benta e corra para os cinema mais próximo!

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